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CLARA DE ASSIS
Foi o papa Pio 12 quem, em 14 de fevereiro de 1958, declarou Santa Clara "celeste padroeira da televisão".
Clara Favarone nasceu em Assis, na Itália, em 1194. Morreu em 11 de agosto de 1253 - data que se tornou o seu dia e também o da televisão. Em 15 de agosto de 1255, foi declarada santa pelo papa Alexandre 4. Filha de nobres - seu pai era conde -, Clara, aos 18 anos, abandonou tudo para seguir Francisco de Assis, no ideal de viver em pobreza absoluta. A família de Francisco também era rica, mas não era nobre. Clara foi recebida na igrejinha da Porciúncula, onde Francisco cortou seus cabelos e a vestiu com uma túnica marrom. Pouco tempo depois, Francisco e Clara formaram a primeira fraternidade junto à igreja de São Damião. Nascia, ainda sob a regra beneditina, o que viria a ser a Ordem de São Francisco. Dotada de uma grande capacidade de comunicação, Clara foi responsável pela continuidade do ideal franciscano - principalmente após a morte de Francisco, em 1226. Há muitas lendas sobre Francisco e Clara. A amizade entre os dois rendeu até filme - foi retractada em "Irmão Sol, Irmã Lua" (1973), do cineasta italiano Franco Zeffirelli. Algumas biografias admitem que Clara e Francisco exerciam fascínio um sobre o outro, e que eram "apaixonados, mas pelo mesmo ideal". A lenda que explica Santa Clara ter se tornado padroeira da televisão data do ano anterior ao da sua morte: ela teria visto o "primeiro programa de TV" da história. No Natal de 1252, Clara estava muito doente e não pôde ir às celebrações da data. Quando as irmãs voltaram, Clara descreveu detalhadamente o que ocorrera na missa, como se estivesse presente. Diz a lenda que ela viu e ouviu tudo como se tivesse um televisor no quarto. A Carta Apostólica que nomeia Clara padroeira da TV cita essa lenda e justifica o título "para que essa invenção (a TV) seja protegida por uma direção divina, para evitar males e promover seu uso correto".
Em homenagem à padroeira da TV, Caetano Veloso gravou uma música. SANTA CLARA, PADROEIRA DA TELEVISÃO (Caetano Veloso) Santa Clara, padroeira da televisão Que o menino de olho esperto saiba ver tudo Entender certo o sinal certo se perto do encoberto Falar certo desse perto e do distante porto aberto Mas calar Saber lançar-se num claro instante. Santa Clara, padroeira da televisão Que a televisão não seja o inferno, interno ermo, Um ver no excesso o eterno quase nada (quase nada) Que a televisão não seja sempre vista Como a montra condenada, a fenestra sinistra Mas tomada pelo que ela é De poesia. Quando a tarde cai onde o meu pai Me fez e me criou Ninguém vai saber que cor me dói E foi e aqui ficou Santa Clara Saber calar, saber conduzir a oração Possa o vídeo ser a cobra de um outro éden Porque a queda é uma conquista E as miríades de imagens suicídio Possa o vídeo ser o lago onde Narciso Seja um deus que saberá também Ressuscitar Possa o mundo ser como aquela ialorixá A ialorixá que reconhece o orixá no anúncio Puxa o canto pra o orixá que vê no anúncio No caubói no samurai no moço nu na moça nua No animal na cor na pedra vê na lua vê na lua Tantos níveis de sinais que lê E segue inteira. Lua clara, trilha, sina Brilha, ensina-me a te ver Lua lua continua em mim Luar, no ar, a TV São Francisco
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Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz, Onde houver ódio, que eu leve o amor Onde houver ofensa, que eu leve o perdão Onde houver a discórdia, que eu leve a união Onde houver dúvida, que eu leve a fé Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
(extracto da Oração de S. Francisco de Assis) |